30 junho 2006

Timor 0 – Austrália 1

Ainda não tinha escrito nada sobre a actual crise em Timor por falta de tempo e de informação. Mas agora acho que já não podem restar dúvidas a ninguém que se esteve perante um golpe de estado apoiado pelo lobby Australiano, por Xanana Gusmão e Ramos Horta, contra um governo incómodo para os seus interesses económicos.

Estou a exagerar? Então alguém que me explique como é que os militares amotinados foram transformados em heróis, o governo democraticamente eleito desautorizado pelo Presidente da República e o 1º Ministro forçado a demitir-se com base num documentário Australiano. E alguém que me explique as palavras de Xanana aos manifestantes que o apoiavam e exigiam a demissão de Alkatiri: “Com a vossa inteligência ganhámos”! Estou a ver coisas ou Xanana, sem querer, reconheceu que estava numa luta contra o governo e não contra os amotinados?

Para acabar com as dúvidas veja-se a histeria de Ana Gomes a defender os australianos e o seu amigo Xanana aqui e aqui (quem não tem argumentos racionais insulta, não é?) e esta entrevista com um técnico português sobre os planos de Mári Alkatiri para o futuro da exploração petrolífera, planos que não agradavam nada à Austrália. Ou foi mesmo golpe ou as galinhas passaram a ter dentes.

PS: Aqui, Ana Gomes cita partes de um Post de “Malai Azul” no Blog “Timor Online”, sem pôr o link e confundindo o nome do autor com o do Blog. E aqui afirma que Alkatiri está a mentir em relação aos manifestantes que aguardavam às portas de Dili para fazer a manifestação de hoje. Depois disto digam-me: vocês eram capazes de lhe comprar (a Ana Gomes) um carro usado? Eu Não!

PS «convencido» que vai agradar a Cavaco Silva (TSF Hoje)

Ai vai vai! E não só no que respeita às alterações à lei da paridade (tema da notícia)!

29 junho 2006

Con(tro)versas Fase II

OK pessoal! Como prometido, aqui está o novo Con(tro)versas. Espero que gostem! Para os saudosos do formato anterior, fica aqui ao lado a imagem antiga.
Mas não foi só o formato que mudou. Para começar, acabei com mito de sermos 3! O Miguel do Vale, com muita pena nossa, não está mesmo a participar, pelo que o seu nome deixa de figurar entre os conversadores. É claro que a porta continua aberta para quando as condições mudarem.
Actualizei os links aqui à esquerda. Como o Varanda me deu carta branca para tratar disto resolvi pôr ali os blogs onde eu costumo ir e onde me sinto à vontade, mais ou menos pela ordem que os descobri. Resolvi juntar também alguns blogs do outro lado do Atlântico, que eu tenho consultado recentemente e cuja leitura me parece esclarecedora.
Mas a grande novidade é esta: Lançámos o Con(tecno)versas (link aqui ao lado na “Conversa Técnica”) dedicado a divulgar as “descobertas” que vamos fazendo na área da tecnologia e informática. O primeiro post, sobre o “Voip Buster” e chamadas telefónicas à borla já lá está!
Espero que gostem (acho que já disse isto!)! E, como a minha fase de super-ocupação parece ter acabado, penso que isto vai ganhar um pouco mais de vida. Infelizmente, ainda não consegui recrutar um “conversador” que me dê troco de forma a provocar a controvérsia prometida mas ainda não encontrada!

20 junho 2006

Sinais de Mudança

Afinal nem tudo é campeonato do mundo de futebol. Esta eu tinha mesmo de comentar!
Desde há alguns anos que as multinacionais e os seus aliados naturais, os ideólogos neo-liberais, descobriram uma espécie de “ovo de Colombo”: a deslocalização de empresas. Com a globalização, é quase o mesmo produzir na Europa, na Coreia ou na China! E dentro da Europa, França ou Polónia, tanto faz. Então, pensaram eles, toca a ir para onde há piores condições de vida, menos impostos e menos segurança social e onde o custo do trabalho é menor. Com isto, simultaneamente, aumenta-se o desemprego nos países onde os trabalhadores têm mais protecções, criando uma enorme pressão no sentido da desregulamentação do mercado de trabalho e da baixa do custo da mão-de-obra. É claro que, os custos sociais desta estratégia, não são preocupação deles.

Isto não é algo que os trabalhadores possam combater pelos métodos clássicos. Muitas greves, por exemplo, farão com que a multinacional deslocalize a fábrica ainda mais depressa, de preferência para um país onde a repressão seja maior e a liberdade de fazer greve não exista ou seja muito limitada.

Mas algo está a mudar. Esta estratégia cria, inevitavelmente, miséria e exclusão social, ao criar uma grande bolsa de desempregados e de assalariados mal pagos, que afecta sobretudo as classes económicas mais baixas e os emigrantes. Isto conduz à revolta e à contestação que, quando não estão enquadradas nos mecanismos clássicos de protesto (sindicatos e partidos) explode violentamente ao mais pequeno pretexto. Foi o que se viu, no final do ano passado, em França. A fase seguinte é o aparecimento de um mal-estar social relativo às políticas que conduziram a esta situação com a recusa em bloco de mais medidas politicas no mesmo sentido. Foi o que se passou com o famigerado CPE, há alguns meses atrás. Agora, e tanto quanto eu me lembre pela primeira vez na história, trabalhadores de uma multinacional de um país estão em greve pelas acções dessa mesma multinacional noutro país! Mais, recusam algo (o fabrico do modelo Combo em Espanha), que, de um ponto de vista meramente egoísta lhes seria favorável! Isto representa uma evolução notável, não apenas nas formas de luta, como também na tomada de consciência de que a resposta à estratégia global das multinacionais, tem de ser também, global. Definitivamente, algo está a mudar.

19 junho 2006

Ainda Cá Estamos (Estou?)

OK, isto não tem estado parado! Tem estado mesmo morto! O mundial do “fute” tem destas coisas! O Varanda tem mais que fazer do que vir aqui postar (ver os jogos, ler os comentários e as criticas, falar sobre elas, etc.). O resto do país anda aí perto! Por isso, eu, que devo ser dos poucos machos deste país que não faz parte da tribo do futebol (o outro parece que é o Pacheco Pereira – gaita!), ando um pouco sem temas. Tirando a já estafada guerra da Ministra da Educação contra que tem a veleidade de ensinar e não quer ser escravo (olha o “topete” como diria o seu colega dos estrangeiros), pouco ou nada mais há para comentar. Assim, resolvi aproveitar o tempo morto para preparar umas pequenas mudanças. Penso que dentro de alguns dias terei umas novidadezinhas por aqui. Talvez seja o arranque do Con(tro)versas para uma espectacular 2ª fase. Quem sabe? Sonhar não paga imposto (ainda!).

Ah – É verdade: Força PORTUGAL! Venha de lá essa taça! Não acredito lá muito mas… Sonhar ao quadrado também não paga imposto (re-ainda).

09 junho 2006

O Rato Justo

Em Guimarães foram todos absolvidos (notícia aqui). Inicialmente eram mais de mil os acusados. Depois foram saindo do processo. Uns porque eram menores (mas então não deviam ser acusados os pais?), outros porque trocaram a acusação por uma contribuição de 50€ para uma instituição de solidariedade!!!! Outros tiveram o processo arquivado porque… sim. Finalmente 14 médicos e 16 estudantes foram a absolvimento, desculpem, julgamento para serem absolvidos. A montanha pariu um rato. Já é costume, na justiça portuguesa!

Ácido AcetilParitário

Imagine que tem uma dor de cabeça. Provavelmente toma uma aspirina e não pensa mais nisso. Se no dia seguinte, a dor de cabeça voltar, você é capaz de resmungar, enquanto toma a aspirina, “mas que diabo é isto, agora”! Terceiro dia com dor de cabeça! Bom, aí você já está a ficar preocupado. Amigos e familiares aconselham: “devias ir ao médico”. Quarto dia… Você vai mesmo ao médico, não é? Porquê? Bom, porque você começa a pensar que a dor de cabeça é capaz de ser sintoma de qualquer coisa e que a aspirina é capaz de a “mascarar” mas não de a resolver.

Então agora pensemos nas deputadas dos partidos da Assembleia da República. Se só um partido tivesse poucas deputadas… Bom, provavelmente era um problema do partido. Dois.. Bom, se calhar é aquela área política! Todos!!! Não será que é um reflexo da sociedade que temos? E não será que fazer leis de paridade é apenas tomar a aspirina e não ir ao fundo da questão? Na minha opinião é.

O que vou dizer a seguir não é politicamente correcto, mas como isso nunca me preocupou… Sinceramente, penso que, na realidade, homens e mulheres são bastante mais diferentes do que se pensava há alguns anos atrás. Diferenças que começam mesmo antes do nascimento, que afectam o desenvolvimento, até ao nível cerebral, e que nos marcam durante toda a vida. Não estou a dizer uns sejam mais ou menos inteligentes que outros. Simplesmente que são diferentes! Diferenças que se notam no comportamento, nas apetências, no futebol, etc. Se é assim, se a diferente participação de homens e mulheres nos cargos públicos resulta apenas de diferentes inclinações, de haver mais homens interessados na política e não de descriminação, então a lei da paridade não é apenas uma aspirina que não trata do problema! É um remédio inútil e contraproducente.

07 junho 2006

Alberto João com Nostalgia

Alberto João Jardim comparou hoje, as propostas do PS, relativas a incompatibilidades de deputados, com a PIDE. Bom, o mínimo que se pode dizer é que ele ainda se deve lembrar bem de como era a PIDE, do tempo em que era uma estrela ascendente da ANP, organização política de Marcelo Caetano, que era fortemente apoiada por essa organização. Ou será que está com saudades dos tempos em que não tinha de disputar eleições?
Agora o que é estranho é esta oposição tão decidida à aplicação desta lei na Madeira. Que incompatibilidade é que o AAJ está a proteger?

06 junho 2006

666

Hoje é o dia da Besta.

01 junho 2006

Plano Nacional de Leitura

Ele tem dúvidas quanto á utilidade do plano...