Sinais de Mudança
Afinal nem tudo é campeonato do mundo de futebol. Esta eu tinha mesmo de comentar!
Desde há alguns anos que as multinacionais e os seus aliados naturais, os ideólogos neo-liberais, descobriram uma espécie de “ovo de Colombo”: a deslocalização de empresas. Com a globalização, é quase o mesmo produzir na Europa, na Coreia ou na China! E dentro da Europa, França ou Polónia, tanto faz. Então, pensaram eles, toca a ir para onde há piores condições de vida, menos impostos e menos segurança social e onde o custo do trabalho é menor. Com isto, simultaneamente, aumenta-se o desemprego nos países onde os trabalhadores têm mais protecções, criando uma enorme pressão no sentido da desregulamentação do mercado de trabalho e da baixa do custo da mão-de-obra. É claro que, os custos sociais desta estratégia, não são preocupação deles.
Isto não é algo que os trabalhadores possam combater pelos métodos clássicos. Muitas greves, por exemplo, farão com que a multinacional deslocalize a fábrica ainda mais depressa, de preferência para um país onde a repressão seja maior e a liberdade de fazer greve não exista ou seja muito limitada.
Mas algo está a mudar. Esta estratégia cria, inevitavelmente, miséria e exclusão social, ao criar uma grande bolsa de desempregados e de assalariados mal pagos, que afecta sobretudo as classes económicas mais baixas e os emigrantes. Isto conduz à revolta e à contestação que, quando não estão enquadradas nos mecanismos clássicos de protesto (sindicatos e partidos) explode violentamente ao mais pequeno pretexto. Foi o que se viu, no final do ano passado, em França. A fase seguinte é o aparecimento de um mal-estar social relativo às políticas que conduziram a esta situação com a recusa em bloco de mais medidas politicas no mesmo sentido. Foi o que se passou com o famigerado CPE, há alguns meses atrás. Agora, e tanto quanto eu me lembre pela primeira vez na história, trabalhadores de uma multinacional de um país estão em greve pelas acções dessa mesma multinacional noutro país! Mais, recusam algo (o fabrico do modelo Combo em Espanha), que, de um ponto de vista meramente egoísta lhes seria favorável! Isto representa uma evolução notável, não apenas nas formas de luta, como também na tomada de consciência de que a resposta à estratégia global das multinacionais, tem de ser também, global. Definitivamente, algo está a mudar.
Desde há alguns anos que as multinacionais e os seus aliados naturais, os ideólogos neo-liberais, descobriram uma espécie de “ovo de Colombo”: a deslocalização de empresas. Com a globalização, é quase o mesmo produzir na Europa, na Coreia ou na China! E dentro da Europa, França ou Polónia, tanto faz. Então, pensaram eles, toca a ir para onde há piores condições de vida, menos impostos e menos segurança social e onde o custo do trabalho é menor. Com isto, simultaneamente, aumenta-se o desemprego nos países onde os trabalhadores têm mais protecções, criando uma enorme pressão no sentido da desregulamentação do mercado de trabalho e da baixa do custo da mão-de-obra. É claro que, os custos sociais desta estratégia, não são preocupação deles.
Isto não é algo que os trabalhadores possam combater pelos métodos clássicos. Muitas greves, por exemplo, farão com que a multinacional deslocalize a fábrica ainda mais depressa, de preferência para um país onde a repressão seja maior e a liberdade de fazer greve não exista ou seja muito limitada.
Mas algo está a mudar. Esta estratégia cria, inevitavelmente, miséria e exclusão social, ao criar uma grande bolsa de desempregados e de assalariados mal pagos, que afecta sobretudo as classes económicas mais baixas e os emigrantes. Isto conduz à revolta e à contestação que, quando não estão enquadradas nos mecanismos clássicos de protesto (sindicatos e partidos) explode violentamente ao mais pequeno pretexto. Foi o que se viu, no final do ano passado, em França. A fase seguinte é o aparecimento de um mal-estar social relativo às políticas que conduziram a esta situação com a recusa em bloco de mais medidas politicas no mesmo sentido. Foi o que se passou com o famigerado CPE, há alguns meses atrás. Agora, e tanto quanto eu me lembre pela primeira vez na história, trabalhadores de uma multinacional de um país estão em greve pelas acções dessa mesma multinacional noutro país! Mais, recusam algo (o fabrico do modelo Combo em Espanha), que, de um ponto de vista meramente egoísta lhes seria favorável! Isto representa uma evolução notável, não apenas nas formas de luta, como também na tomada de consciência de que a resposta à estratégia global das multinacionais, tem de ser também, global. Definitivamente, algo está a mudar.
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