20 fevereiro 2006

O Coutinho da Meia-Noite

Sexta à noite a fazer zaping. Zzap e caio em cima do “Expresso da Meia-noite”. E fico de queixo caído até ao umbigo! Quem é que eu vejo a fazer de comentador político no programa? Nada mais nada menos que o homem do helicóptero! Ah, vocês não sabem quem é? Bom, é o nome “carinhoso” que, quem conhece João Pereira Coutinho, lhe dá devido à sua clara preferência por esse meio de transporte! Mas é claro que o homem do… desculpem, o João Pereira Coutinho, tem uma característica que faz dele um excelente comentador político. É rico! Muito rico! Podre de rico!

Claro que o facto de se deslocar de helicóptero para tudo quanto é lado não cria uma grande compreensão para com o comum dos mortais que tem de se haver com transportes públicos apinhados ou com as filas intermináveis de carros (ppl do “opus gay”: eu disse filas! Nada de me processar!). Além disso o João Pereira Coutinho, que, não sei se já vos disse, mas é rico, muito rico, podre de rico, também nunca teve de procurar emprego, aturar um chefe, esticar o ordenado para ver se no fim dele não sobra mês, e por aí adiante, o que também não cria grande compreensão para… Vocês percebem.

Por esta altura já há por aí alguém pensar: “Gaita! Que preconceitos! Só porque o homem do helicóptero é rico, muito rico, podre de rico…”. Bom, não é bem assim! É que, aqui há uns anos atrás, o João Pereira Coutinho, que, não sei se já vos disse mas é rico, muito rico, podre de rico, quis virar comentador político na imprensa. E, como é rico, muito rico, podre de rico, arranjou logo jornal para onde escrever. Acho que era o “Indy” (confesso que não tenho a certeza). Não li mais do que 2 artigos dele, não tive mais pachorra. Em termos de ideias é desértico. E quanto a profundidade de análise está ao nível de “há muito desemprego porque eles não querem trabalhar”.

Parece que agora, o homem do… desculpem o João Pereira Coutinho que, não sei se já vos disse, mas é rico, muito rico, podre de rico, resolveu saltar para a TV. E como é rico, muito rico, podre de rico, lá arranjou um lugarzinho.

É caso para dizer que, para o “Expresso da Meia-noite” mais vale um Coutinho rico, muito rico, podre de rico, do que um comentador … Mas será só o “Expresso da Meia-Noite” ou isto é uma mania nacional?