24 outubro 2006

Sobre o aborto

Sobre o aborto, e não sobre o referendo (porque sou suficientemente alienado para me estar a borrifar para as leis) defendo duas posições: Sou contra e sou a favor.
Sou a favor porque entendo que no nosso país ( e nos outros) uma criança não tem os seus direitos defendidos á partida por forma a bastar existir para haver, por parte da sociedade, cuidado e atenção em relação aos seus direitos. A família em que essa criança "nasceria" já está suficientemente transtornada para, garantidamente, transtornar a criança e colocar mais um problema para as instituições resolverem. Porque, não me lixem, a legalização do aborto só se coloca em relação aos mais desfavorecidos. O resto é demagogia.
Sou contra porque tenho dois filhos e, sem estar a ser lamechas, a vida merece respeito. Eles não pediram para nascer, eles são uma força da natureza, eles têm uma tal atitude em relação á vida que impedi-los de descobrir o mundo que nós conhecemos é a maior das injustiças.

O resultado deste referendo é irrelevante porque, no fundo, a sociedade é incompetente.